https://www.youtube.com/watch?v=UMBvR5GQAzE&app=desktop
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A Federação Baiana de Surf (FBS) participou na manhã desta terça-feira, dia 21, de uma audiência pública promovida pelo presidente da comissão de educação, esporte e lazer da Câmera Municipal de Salvador, o vereador e comunicador Uziel Bueno. A FBS foi representada pelo vice-presidente Ricardo Luz, que representou muito bem todos os surfistas soteropolitanos. Ricardo Luz participou da rodada de debates, onde iniciou sua fala cumprimentando as autoridades da Mesa, assim como cada vereador presente, e a comunidade relacionada ao esporte de Salvador, em nome do presidente da Comissão, parabenizando-o pela iniciativa de convocar o Poder Público, o Privado, as Associações, Federações e toda comunidade desportiva de Salvador, para discutir o esporte na Capital Baiana.
Ricardo lembrou que o esporte foi bastante debatido nos anos de 2013 e 2014 em Salvador, no período que antecedeu a Copa do Mundo e a Copa das Confederações, porém de lá pra cá pouco a Sociedade Civil teve a oportunidade de debater sobre as demandas do esporte em Salvador, na Casa do Povo. Lembrando que nesta mesma casa, foi apresentado em 2014, capitaneado pelo vereador Teo Senna, diretor de esporte na época, um plano de ação para a construção do Sistema Municipal de Esporte e Lazer de Salvador, como legado da Copa do Mundo.
O vice-presidente da Federação Baiana de Surf, ressaltou que pouco dos objetivos e metas do plano de ação foram alcançados até as Olimpíadas de 2016 e que precisamos avançar, no sentido de desenvolver uma cidade capaz de reter o positivo resultado do investimento no esporte como uma poderosa tecnologia social transformadora e humanitária. Disse ainda, que avançamos com a criação da Secretaria de Trabalho, Esporte e Lazer na nova estrutura organizacional, destituída no governo de João Henrique, todavia requereu mais empenho dos parlamentares e do executivo no sentido de efetivar o Conselho Municipal de Esporte e Lazer; de indicar o percentual mínimo de 1%, garantido por lei, para ser destinado a criação do Fundo de esporte e lazer de Salvador; de indicar a criação da Lei Municipal de Incentivo ao Esporte e Lazer para financiar as ações e projetos propostos por meio da parceria público-privada e ainda fez um requerimento especial ao presidente da Comissão de Esporte, da instituição de um programa municipal de incentivo ao desenvolvimento da cadeia produtiva do esporte na Cidade do Salvador.
O vice-presidente Ricardo Luz concluiu sua fala agradecendo a oportunidade de fazer alguns encaminhamento das demandas da comunidade desportiva de Salvador, desejando que as ações aqui sugeridas, além de ferramentas de trabalho para o legislativo, possam ser implementadas, garantindo cada vez mais o direito dos cidadãos ao esporte, ao lazer e à qualidade de vida.
Reproduzimos aqui a entrevista ao Portal SurfBahia do nosso Presidente Carlos Abdalla, recém eleito para o período de 2014/2018.
Na noite da última terça-feira, Carlos Abdalla, 40 anos, foi eleito o novo presidente da Federação Baiana de Surf (FBS).
Abdalla possui diversos serviços prestados à própria Federação e também a entidades como a Associação Brasileira de Longboard (ABL) e Associação Nordestina de Surf (ANS), onde exerce a função de tour manager. Também já trabalhou em muitos eventos da Confederação Brasileira de Surf (CBS).
O novo presidente da FBS é também empresário no ramo de confecção, e avisa: “Não pretendo ganhar dinheiro com o esporte, nem quero. Tenho a minha vida estabilizada e por isso, antes de mais nada, quero deixar claro. Sempre vemos as pessoas falando que fulano tem aquilo porque roubou o surf, comprou aquilo com o dinheiro público. Tudo o que tenho é graças ao sucesso das minhas empresas e não quero nenhum dinheiro do surf”.
Nesta entrevista ao SurfBahia, Carlos Abdalla fala sobre os seus planos como presidente e também sobre o processo de eleição da FBS.
Como presidente eleito, qual será seu primeiro passo à frente da FBS?
Primeiramente reorganizar tudo para 2015. Já demos o primeiro, que é promover a primeira etapa do Estadual em setembro, e isso já é um grande passo em uma época de eleições e crise no mercado.
O surf profissional no Estado vive um declínio há alguns anos com poucos eventos e sem um Circuito forte e competitivo. Como enxerga esse quadro atual e quais as medidas para retomar o Circuito Baiano Profissional?
O surf está em declínio em todo o país, não só a Bahia. As pessoas têm a mania de dizer que “só” aqui na Bahia acontece isto, e sabemos que a crise está no Brasil inteiro. Temos que conversar muito para poder dar uma diretriz a um evento profissional ou Pro / Am.
Notamos um hiato entre as gerações de competidores na Bahia e talvez isso seja reflexo da falta de investimentos nas categorias amadoras e em uma equipe na disputa do Brasileiro Amador. Quais os planos para formar novos talentos e um time forte para brigar pelo título do Brasileiro Amador?
Excelente pergunta. Em nossa gestão, fizemos muitas etapas do circuito amador, facilitando e muito para que todas as associações ou produtores de evento fizessem estas etapas, pois o atleta não precisa de “megas” palanques, e sim de premiação. Ele precisa de eventos para ficar afiado e fazer bonito no circuito brasileiro de surf amador e outros eventos fora do estado. Sou contra cobrar “taxa” de filiação a entidades que já não têm como sobreviver, fazendo com que as poucas que promoviam eventos não demonstrassem mais a vontade de realizar algo.
Antes das eleições, notou-se um certo conflito entre algumas associações de surf do Estado. Qual sua posição diante dessas controvérsias e como será sua relação com as outras associações?
Uma associação tem o direito de exigir algo desde que promova algo em prol de seus associados. Visualizava entidades que não fazem mais nada há muito tempo querendo votar porque já têm muito tempo de “fundada”. Isto é injusto com aquela que, independente do ano em que foi criada, faz algo para o esporte. Todas as entidades serão bem vindas e convidadas a realizar seus eventos para seus associados.
Sua gestão será de 4 anos à frente da entidade. Como o senhor gostaria de ver a FBS em 2018?
Com um circuito sólido, forte em todas as categorias, com atletas representando o estado como ele merece ser representado!!
No fórum da reportagem sobre a eleição e pelos comentários nas redes sociais, muitos internautas questionaram as chapas concorrentes e a grande maioria não acredita na melhoria da FBS. Como vê essa descrença por parte dos surfistas baianos?
As chapas foram criadas por pessoas que poderiam assumir a Federação, porém os internautas não sabem que muitas associações “apareceram” e queriam a qualquer custo votar, o que já era de se estranhar… Foram criadas “regras” para que elas pudessem votar e a novela durou 7 meses, com todos os presentes em cada reunião concordando com tudo. Quando chegava a época em que já era para votar, mais uma vez se dava uma nova chance, e aí vimos no que deu. O surf esta caótico no país como um todo. Isto não acontece somente na Bahia, mas estaremos trabalhando para alavancar o esporte. Hoje temos a CBS na Bahia e temos que trabalhar alinhados com a Confederação para que em um futuro próximo possamos revelar novos campeões .
Na sua opinião, o Circuito Baiano Amador deve ser separado ou junto do Profissional? Qual a premiação mínima da Pro que pretende distribuir?
Vejo que o circuito amador poderia ser junto, porém extiguindo a categoria “Open” e criando a categoria Pro / Am. Com a inclusão desta categoria e a exclusão da Open, todas as associações poderiam fazer o mesmo. Não posso prometer nada com a categoria Profissional, pois é muito cedo e qualquer promessa hoje seria uma mentira.
O objetivo é promover etapas do Circuito em lugares mais tradicionais, como Jaguaribe, Stella, Olivença, Itacaré, ou passar também por praias menos badaladas?
Os atletas lembram que sempre em janeiro abríamos o Amador em Canavieiras, um evento simples, porém já era um treino para todos. Fizemos Estadual em Belmonte. Veja bem, dois munícipios que fazem parte da Bahia e muitos não conhecem. Com toda certeza estes e outros estarão de volta em 2015, pois a Bahia vai da praia do Costa Azul, no norte, até a divisa com o Espírito Santo, no município de Mucuri.
Pretende desenvolver alguma ação durante o WQS Surf Eco Festival em Itacaré, como a FBS fez no ano passado, ou é contra promover etapas junto com outros grandes eventos?
Sou a favor de que todos os grandes eventos que chegam à Bahia façam algo em beneficio do Estado e de seus atletas. Se, por exemplo, temos uma estrutura montada com tudo e se há vontade de ambas as partes, para mim, quantos mais eventos para os atletas do Estado, melhor .